segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Para Ordóñez

Da terra quente, Do mar bramante, Salta à vista, desarmante, A bravia mas apaixonante Mulher que é Espanha, a Valente! Olhos de fogo, jade luzente Que cegam o ímpio e guiam o crente! Mais lindos não vi. E sou errante! Luso do Mundo! E teu amante… Escondido no Poente. Orgulhosa e desafiante, De altivo semblante Não se dá a toda a gente! É casta mas insinuante, E faz do Luso um padecente… Por seu amor, inconstante! Às vezes gelado, outras fervente! Dominador e ameaçante! É paixão forte e desconcertante De ternura e fúria dissolvente! Mas não se pode negar o que sente O coração! Não se lhe mente! Um dia casarão! Mesmo distante,
Casarão! O Luso e a sua Amante… …E Deus ficará contente!