sábado, 30 de maio de 2009

DE LA BOINA ROJA

De una canción se hace un discurso, Por una sonrisa se tocan las palmas, De una fogata en la hora clave, Sale el libre impulso de la guitarra, De una buena noche, Nace un día espléndido, Si el corazón se equilibra, Se continúa bien contento, De una imagen de la infancia, Permanecen infinitos recuerdos, Del amor a la tristeza pensativa, Por los seres queridos que han muerto, De un arrebato de justicia, Sale el ardor de la lucha, De un cielo estrellado, Entrañable silencio se escucha, De la vaca nace el toro, Y se hace rey del campo ibero, Exhibiendo su magnífica raza, En el arte del dorado albero, De la siembra se va a la cosecha, De la uva sale el vino, De la Comarca partió el hobbit, Bregando con el terrible anillo, El río que nace en la montaña, Desemboca en el reino del mar, De las aguas dulces y saladas, Cuántos nombres evocan hispanidad, De la boina roja se conoce, Un vivo cantar de gesta, Nombres como el Cerro de los Ángeles, Quintillo, Montejurra, Morella.... De una lucha reconquistadora, Se extiende el Carlismo con entereza, Emulando a aquellos bravos caballeros, Que batieron moros de braveza, De un dorado escudo real, De una conciencia corajuda, De la fuerza antinapoleónica, De aquellas guerrillas duras, De una naturaleza y un pueblo, De la Fe que brota unificadora, Tras casi dos siglos de lucha, Sigue en pie la boina roja, De la ilusión renovadora, Del legado más hermoso, El Tradicionalismo en marcha, Legítimo y orgulloso, Ayúdenos a crecer la boina roja, Relúzcanse en las mejores cabezas, A gritos se pide nuestra acción, Si nos callamos, hablarán las piedras, Como brota y brotó, brotará, De las boinas rojas españolas, El resurgir de la Santa Causa: ¡ Correligionarios, es nuestra hora !

CAVALEIRO MONGE

articles: infante.JPG * Agradecemos las correcciones ortográficas pertinentes de los amigos del Movimiento Legitimista Portugués Olhando ao mar, Desde o profundo monte, Tem forte o peito, O cavaleiro monge, Sacro estandarte porta, Com uma cruz vermelha, Emblema limpo que vai, Numa branca bandeira, Cristo é a sua ordem, Cristo é o seu general, Cristo ilumina sua monarquia, Bendita coroa de Portugal, Cavaleiro das quinas, Sangue de Viriato, Guarda das estrelas, Do céu lusitano, Do Medievo filho, Valente e nobre cavaleiro, Clarão de forte garganta, Luz de católico império, Cavaleiro da liberdade, Cavaleiro do Evangelho, Oh, cavaleiro monge, Espada firme do mosteiro, Cavaleiro monge, Eco da bela história, Quanta vida nos caminhos, Cruzado da glória, Cavaleiro português, Cavaleiro monge, É possível que ainda, Nao fiques tão longe....

quinta-feira, 28 de maio de 2009

ROCAS DE ESTORIL

Las fuertes rocas de Estoril, Bramidos del oleaje reciben, Fuertes, arrogantes, mordaces, Fuertes, como duras y grises, Forjadas por el yunque del viento, Reforzadas por el empuje del frío, Empuñando secretos inconfesables, Que tienen aureola de mito, Oh, rocas de Estoril, Qué gran ayuda ante el silencio, Mientras va fluyendo el quebranto, En la tosquedad de mi cerebro, Gran fuente de inspiración, Es tu natural fortaleza, Musa de mis tristones versos, Rocas de majestuosa belleza, Desde arriba miran a Sagres, Compartiendo el extremo occidente, Fabrican acantilados crespos, Como los del cabo San Vicente, Rocas del continente, Que deriva al océano misterioso, Rocas de Estoril: Sello de un destino imperioso, Rocas de Estoril; testigos que fueron, De las locuras de Crowley y Pessoa, Perenne vigilancia de los barcos, Siglos de las primeras horas, Oh, rocas de Estoril, ¿ Acaso contenéis algún llanto ? ¿ Algún lamento ? ¿ Algún olvido ? ¿ Algún que otro engaño ? Rocas de la ansiedad, Rocas de la tristeza, ¿ Vendrá, pues, un otoño, Que no conocerá primavera ? Rocas de Estoril, Muro de los hijos del mar, Advertencia del pez sigiloso, Hermosura dotada de Portugal, Rocas de las sombras, Rocas del devenir, Estad alerta por siempre, Oh, rocas de Estoril.

terça-feira, 26 de maio de 2009

PORTUGAL Á DERIVA

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MOVIMENTO LEGITIMISTA PORTUGUÊS

PORTUGAL À DERIVA

Desonra, miséria e dor, eis o quadro de Portugal. E lembrando um dos mais conhecidos sonetos de Camões, eu direi que a miséria e a dor sobejam já que bastava somente a desonra para a perdição de um povo.

Portugal foi e terá de voltar a ser uma nação sacrossanta, merecedora de toda a reverência pela missão que ainda não completou, missão excelsa, missão que constitui a sua razão de ser, missão que não pode falhar. Hoje, anda perdido porque, há uma trintena de anos, o desviaram brutalmente do seu rumo.

Quem são os agentes de tão vil atentado? --- Não perderei tempo a mencioná-los porque os autores materiais são do conhecimento público: homens despudorados, gente sem pundonor e sem brio, vendilhões da Pátria, concussionários de uma nação inteira, energúmenos a quem o seu democratismo (ou talvez por causa dele) não impede que se entretenham «(...) no ofício novo / a despir e roubar o pobre povo!» (1).

Passo, pois, por alto o nome de quem não carece de apresentação. Como responsável destes factos, poderia ainda apontar o povo, enquanto não sofre, como vassalo, as prepotências e desmandos de um estranho soberano que é ele próprio. Esta é a construção da democracia. Mas eu, como continuo a sentir uma repugnância invencível pelo absurdo, e não deixo de considerar que o sufrágio universal é um manto de completa inimputabilidade a cobrir os eleitos das urnas, não lhe concedo foros devidos a pessoa humana capaz.

Onde se encontram, então, os outros culpados? --- Em cada um que com o seu silêncio timorato, um vago receio das consequências, os respeitos humanos, o pavor de quebrar a confortável cadeira de um quotidiano sem sobressaltos, em suma, com a sua cobardia, assiste, inerte, à consumação da tragédia e se torna, ipso facto , cúmplice de um repugnante crime de lesa-pátria.

Perante este quadro, é difícil dizer que mais nos há-de espantar: se a malícia de uns ou a complacência dos outros; se os instintos destruidores daqueles ou a passividade dos últimos!

Quisera eu que este fosse um apontamento breve e vou esforçar-me por o conseguir. Não se pode, todavia, falar sobre Portugal e a sua situação, sem passar os olhos, ainda que rapidamente, pelo que lá fora acontece. Até porque é lá que nos querem diluir.

O falar pedante dos nossos tecnocratas, acolitados pelo coro pretensioso dos democratas que nos desgovernam, pretende sufocar-nos no seio de uma Europa, a nós que fomos chamados para uma missão ecuménica, a um povo que encheu as partidas, a uma nação que se dessangrou no zelo de cristianizar o mundo. Seria ridículo, se ao mesmo tempo não fora trágico.

Reduzidos hoje às dimensões do séc.XIV, julgam por isso acertado orientar a política a partir daí. Apesar de muitas coisas serem tristemente verdadeiras nos dias que correm, esquece-se ou, o que é pior, deseja-se calar que há mais: há a civilização e há a cultura que deixam as suas marcas.

Que Europa nos destinam? --- A Europa de uma Itália, onde durante anos a fio ditou leis a praga da democracia-cristã, ainda por cima impotente para esconder as suas ligações com a Maçonaria, e cujas sequelas continuam vivas? Pretenderão dar-nos a Europa de uma França sempre dúbia, ora burguesa, ora proletária, tão depressa liberal como socialista, de um chauvinismo feroz ou à beira de abrir mão da própria identidade nacional? Será ideia deles seduzir-nos com uma Alemanha que ainda parece dividida e não descobre meio de afugentar fantasmas de guerra? Ou finalmente haverá o projecto de impor-nos a imagem de uma Inglaterra, colosso que subjugou o mundo com ardis de flibusteiros, enriqueceu no saque e na pilhagem, sempre grandiosa no roubo e, hoje, Babilónia da moderna Europa, caída a capa do seu puritanismo, que tantas chagas cobria, já não consegue esconder a podridão que a rói? É a esta Europa que querem amoldar-nos?

A resposta encontrar-se-á no Clube de Bilderberg, selecto quanto baste para garantir uma pluralidade muito conveniente. Tudo ao jeito do mais puro estilo revolucionário, ríspido e inflexível se enfrenta oposição, não perdendo oportunidade em revelar-se generoso e compreensivo, quando os outros se acomodam, em nome de uma tolerância sonoramente proclamada, mas de que nunca dão exemplo.

Esse círculo, que escapou ao genial poeta florentino, é antro das mais engenhosas perfídias que se tramam e que têm repercussão internacional. Ocupam-no os privilegiados que idolatram a Europa, esta Europa ultimamente pronta a franquear portas a uma Turquia, mas que já não tem lugar para a Suíça, pela vantagem meridianamente clara de preservar uma distinta identidade política no país que é banco oficial e casa-forte das fortunas que se fazem por esse mundo fora, algumas delas sabe Deus como.

Não obstante os erros, que por cá se praticaram, tal Europa é-nos estranha. Alheou-se de nós quando se afastou da ortodoxia da Fé, e isso ocorreu com o cisma luterano. A partir de então, os Pirinéus separaram Portugal e Espanha da Europa antropocêntrica, a Europa que mergulhava na vertigem do abismo. Nós conservávamo-nos como derradeiros paladinos do universalismo, do objectivismo e da religiosidade, que caracterizavam a visão teocêntrica do mundo que se ergueu sobre os escombros, a que as hordas do Leste reduziram o corrompido Império Romano do Ocidente.

Fomos, na realidade, paladinos do universalismo espiritual, que vicejou sob a égide da Igreja Católica, a única internacional possível. E este universalismo, que não abafava a individualidade de cada povo, era barreira eficaz contra o poder ilimitado do Leviatão, cujas cabeças já começavam a chocar doutrinas enciclopedistas, mero prelúdio do império esmagador do capital em concorrência satânica com o socialismo.

Campeões do objectivismo, defendemos que cumpre ir buscar a verdade, em vez de sermos o centro do conhecimento. Entre os nossos, há um nome que é legenda de glória, nome que ficará a contar ao mundo como Portugal não era apenas discípulo dilecto de Marte e de Neptuno: o batalhador, o navegante também sabia dar vez ao pensador. E surge o humilde, o apagado, o sumido mas tão subido Frei João de São Tomás, lumionar da metafísica, expoente da filosofia portuguesa, orgulho do saber cristão.

Por último, evangelizadores até à medula, morríamos mártires proclamando a verdadeira religião contra cultos pagãos e mitos nascentes.

Como se vê é algo de incomparavelmente mais profundo e absolutamente distinto de uma corriqueira questão de latitude ou de longitude. Portugal deixou de ser europeu, quando a Europa apostatou.

Infelizmente, Portugal também pecou, Portugal está hoje desviado da linha que a si próprio traçara, Portugal encontra-se de olhos fechados à luz. No entanto, devemos esperar a restauração de Portugal através da acção de um escol que sempre desponta nas épocas de crise.

Mas antes é curial definir o que se entende por escol:

Se o escol, de modo algum se confunde com a actual camarilha do poder, não importa menos evitar a tendência muito acentuada de o esgotar nas classes historicamente dominantes, cujos membros se tornaram incapazes de dar prossecução aos valores positivíssimos, de que se dizem depositários. Isto é fundamental, para não se correr o risco de que os menos esclarecidos se riam de tais valores, personificados em múmias caricaturais. Portanto, cumpre ao escol autêntico afirmar-se sem ambiguidades, e essa obrigação é maior agora que vemos a sorte da res publica confiada a quem fez do exercício da governação uma orgia de devassos e de medíocres.

Quando a fibra impoluta da nação vibrar, no dia em que o verdadeiro escol se congregar, veremos dissipar-se o horizonte negro que se postou diante dos nossos olhos e parece querer ficar, é-nos lícito voltar a admitir a possibilidade de que se arrede para longe o castigo pavoroso que nos ameaça.

No meio das trevas, como esperança radiosa, brilha a luz fulgurante da Rainha e Padroeira de Portugal. Só um coração amantíssimo de Mãe pode olhar com tamanha indulgência um filho ingrato e, por isso mesmo, tão necessitado da Sua clemência. Lembrem-se os Portugueses que a única lei a que devem sujeição é a da grei que devem amar, é a da sua terra de Santa Maria.

Sabiamente dirigido, irá o povo português, com alento e com robustez, resgatar o chão sagrado, chão regado de sangue, sangue que foi de mártires que semeiam esse solo e de heróis que o juncam. À honra do combate, seguir-se-á a glória do triunfo. Retome Portugal as veredas da Tradição e logo verá como chega o arrebol da redenção!

Mês de Maria Santíssima

Joaquim Maria Cymbron

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NOTAS:

  1. Os Lusíadas , VII, 85, vv.7-8.