Cumpriram-se ontem, dia 14 de Novembro, 142 anos desde a morte d'el Rei D. Miguel. Muitas vezes se fala também da morte do Miguelismo. Isto porque o Pretendente Miguelista, que é igualmente o Cartista, Dom Duarte Pio de Bragança, não faz juz à sua condição de primeiro defensor da monarquia tradicional.
Arvora ao invés a bandeira azul dos "malhados", em tudo quanto faz e diz, quando desse tudo se aproveita, para os mais altos interesses de Portugal, alguma coisa sequer. Os Miguelistas estão órfãos de líder, de "abanderado", de esperança - por isso se diz que o Miguelismo morreu.
Mas não estão e nunca estarão órfãos de causa: pois a causa do tradicionalismo é eterna e tem natureza de bola de péla: quanto mais forte a mandam ao chão, mais alto ressalta ao ar, triunfante!
O Miguelismo é como foi, desde o início, muito mais que um Rei ou Reinado ou o saudosismo desse Rei ou desse reinado: D. Miguel não foi um Rei exemplar, como não foi um homem exemplar e do seu reinado, marcado pelas privações, pela repressão e pela guerra costante, não há muitas razões para se ter saudade.
Todavia, cumpriu a missão que se exige de um príncipe de Portugal que é a que se exige de um príncipe de Espanha: comprometer toda a sua vida na defesa intransigente de três princípios: Deus, Pátria e Lei.
Depois de D. Miguel, Portugal perdeu esses três princípios: perdeu a sua aliança sagrada com Cristo, despojando a Sua Santa Igreja do respeito, da dignidade e dos meios indispensáveis que garantam a Sua Sagrada Missão Evangélica.
Sem Cristo não há nada, pelo que não há Pátria nem Lei. Pátria e Lei foram sendo sucessivamente empenhadas, para sustento da inaplacável voracidade da burguesia internacional, apostada no domínio do mundo e na destruição do catolicismo, armada pela maçonaria de modernismo, que é a defesa de tudo quanto é moderno, mesmo que seja uma moderna porcaria.
O Tradicionalismo Hispano não repudia tudo o que é moderno, como não promove tudo quanto é antigo: é uma filosofia de escolha própria, de não comer de tudo quanto novo seja, sem saber se nos faz proveito. E como o podemos saber em qualquer tempo? Somente à luz do que não tem princípio nem fim: Deus, Nosso Senhor Jesús Cristo.
Cito, a propósito, Don Juan Vásquez de Mella: "Lo que diferencía el hombre del animal es el tradicionalismo. Esto ultimo carece de él."
Sejamos homens, procuremos Deus e voltaremos a ter na Península, Pátria e Lei. Até lá que Deus Nosso Senhor vá dando eterno descanso à alma de El-Rei D. Miguel.
VIVA EL-REI D. MIGUEL DE PORTUGAL E D. MARIA TERESA DE BRAGANÇA SUA IRMÃ, VIVA D. CARLOS V, LEGÍTIMO REI DE ESPANHA!
VIVAM O MIGUELISMO E O CARLISMO PARA SEMPRE!