terça-feira, 28 de abril de 2009
COM CERTEZA
Eu sei que seria feliz,
Por exemplo e com certeza,
Se meu futuro fosse vivido,
Numa casa portuguesa,
Eu ficaria pelas tabernas de Alfama,
Eu ficaria pela torre de Belém,
Eu ficaria no Bairro Alto,
Vinho verde e fado, porém,
Eu ficaria com carioca de café,
Eu ficaria com os pastéis melhores,
Eu com gosto abraçaria o mar,
Para desembarcar nos Açores,
Passear em Fátima pela noite,
E pela tarde, em Alcobaça,
E por estradas e mosteiros,
Chegar, então, à Batalha,
Voaria pelas ruas de Óbidos,
Sonharia em Sintra: Palacio da Pena,
E voltar, voltar, voltar....
Logo a vida lisboeta,
Pelos povos da serra,
Pelos povos da praia,
Povos que lavam no rio,
E têm lenços de cambraia,
Como não vou saber,
Saber eu, com certeza,
Que ficaria muito feliz,
Tendo, pois, uma casa portuguesa ?
Pois eu sei que já tenho,
Uma doce paixão lusitana,
Que carrega com ternura meu sangue,
Com clarões de ilusão hispana,
Então, com certeza escrevo,
Meus pobres versos, mas com certeza,
Que quero viver e morrer amando,
Minha vizinha, irmã, pátria portuguesa.
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