sexta-feira, 17 de abril de 2009
TERNURA
Para hoje, dia de chuva,
Só desejo ternura,
Ternura em silêncio,
Traz-me meu mistério,
Ternura, ternura lírica,
Como é, bem íntima,
Submergida ternura,
No sonho sem loucura,
Ternura lusitana,
Lágrima hispana,
Nao sou português,
Nao sou ? Talvez....
Tempo de tardinha,
Lamentos, palavrinhas;
Musica nos ouvidos,
Desenhos escondidos,
A ternura dum abraço,
De amizade desejado,
A ternura dum beijo,
Nuns lábios doces e belos,
A ternura da cidade,
Que amanhece, que nasce,
E quando deito-me, a mente,
Descansa elegantemente,
Coração aberto, independente....
Ou fechado realmente ?
Coração que ternura acha,
Na imagem duma sozinha praia,
Sim a palavra é prata,
Muitas vezes é barata,
Contradições escuras,
Só peço ternura !
Ternura de Outono e Inverno,
Mas não de Verão intenso,
Nem de Primavera tampouco,
A ternura não é para o louco,
Ternura portuguesa,
Emblema da nobreza,
Dum povo marinheiro,
De Igreja e império,
Triste é meu sentimento,
Pois nao estou muito perto,
Ternura lusa, tanto me chamas,
Que meu amor inflamas.
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