segunda-feira, 3 de novembro de 2008

União Cristã Hispana: a vida para além da morte da União Europeia

A União Europeia está sentenciada. Não viverá muito.
Os últimos conflitos do continente (Bósnia-Herzegovina, Kosovo e Geórgia) e ultramarinos (Iraque, Tibete, Darfur entre tantos) vieram provar que, como entidade política, a União Europeia só existe em tempo de paz. Não fala a uma voz, não assume uma posição consensual, não consegue mobilizar-se, como um todo, para nenhuma causa desafiante. Não é ouvida na mesa da decisão geo-estratégica. Continua a ser e desde 1945, o criado que serve aos Estados Unidos da América e à Federação Russa os pratos da sua Guerra Fria.
Em tempo de paz, a ganância capitalista na procura de mercados que a levou a projectar o seu alargamento sem limites e sem critério, tornou-lhe a manta curta: para tapar a cabeça, destapa agora os pés. Subornou as cabeças governantes a entregarem mais uma vez (desta vez em Lisboa) os seus países em sacrifício ao holocausto da Globalização, mas os pés, alguns povos europeus, como o Irlandês e o Polaco, recusaram-se a fazer esse caminho. Quis vencer sem convencer... e perdeu.Perdeu e perderá muito mais. Porque para unir nações é preciso mais que dar-lhes uma moeda comum e prometer-lhes que terão amanhã muitas dessas.
De tudo na vida, bom e mau, deve ficar mais do que nada... da construção europeia fica de bom algumas barreiras económicas e políticas que destruiu e, de mau, as muitas outras que deixou de pé, porque não teve força para as destruir. E não teve força porque lhe falta:
- Uma Identidade Patriótica: aquilo que une as nações tem de ser mais que a simples busca de prosperidade. Uniões políticas que não sejam também afectivas são casamentos de conveniência: vazios e propensos a traições. Sem um sentimento de pertença mútuo, de respeito e tolerância pela diferença não se faz uma união bem sucedida... entre pessoas e entre nações;
- Uma Identidade Cultural e Histórica: língua, cultura, herança histórica são factores de comunhão entre as nações sem os quais, por muito que não haja fronteiras físicas, nunca se concretizará uma livre e efectiva circulação de pessoas, bens e ideias que possa impulsionar todos os campos do desenvolvimento humano e crescimento civilizacional das nações que se pretendem unidas;
- Uma Identidade Religiosa: por último o mais importante! Uma união de nações sem Fé, ou melhor, sem Fé Cristã, não aplica no seu quotidiano e na relação com outros blocos políticos e geo-estratégicos os bons princípios de humanidade, espiritualidade e elevação universal que A fundamentam, e que podem tornar essa união muito maior do que as suas fonteiras!... por esta falta de identidade comum fracassou a União Europeia...
...por esta identidade comum poderá ter sucesso uma União Cristã Hispana, que não seja um império mas um farol de Cristandade rasgando a treva dissolvente da globalização! Basta querer... e fazer o próximo querer! Amar a Espanha como se ama a Portugal é ser-se mais Português!!!
VIVA A HISPÂNIA!!! VIVA O MUNDO HISPÂNICO!