quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O que Portugal deve a Nossa Senhora da Imaculada Conceição e si próprio




Não se pode deixar de ler e reler a magnífica de recolha d'A Casa de Sarto, Vós Sois a Luz do Mundo... Duvido que alguma vez se terá empregue tão claramente a língua portuguesa - somente alguém com o dom do Padre António Vieira! - para  descrever como Portugal foi instituído como nação por Deus, Nosso Senhor, para que a Palavra da Salvação chegasse aos mais ignotos cantos do mundo.

Criado pela vontade de Deus, defendido por Sua Mãe Santíssima, Maria concebida sem pecado. Perante a Sua imagem encomendou El-Rei Dom João, que foi Duque de Bragança e foi também o quarto monarca português do nome, a protecção de todos os seus reinos e feudos, depositando a seus pés a coroa de seus avós. Portugaliae et Algarbiorum Regina, per secula seculorum! Para que, por Sua intercessão, não mais Portugal ficasse à mercê da espada de inimigos nem de maus príncipes.

Não foi para derrotar os espanhóis ou para que, daí em diante, os reis de Portugal fossem nascidos portugueses que foi invocada a protecção de Nossa Senhora! Não foi para a vanglória dos homens mas sim  para a glória de Deus! Foi para que Portugal não mais se desviasse do seu justo caminho e missão sagrada, revelada ao Primeiro Português em Ourique. In Hoc Signo Vinces! escutou Dom Afonso Henriques: pelo sinal das cinco chagas de Cristo vencerás! E por nenhum outro.

Mas desviou-se Portugal do justo caminho... e não mais venceu. Julgou ter Portugal um império para recolher falsas riquezas, quando lhe foi dado para espalhar a Fé Verdadeira; perdeu-o. Julgou ter Portugal um rei para defender o seu trono, quando lhe foi dado para defender o seu povo; perdeu-o. Julgou Portugal ter leis e justiça sem Deus para fazer dos portugueses iguais e não ter portugueses iguais perante Deus e as Leis para se fazer justiça. Perdeu Portugal as boas leis e a justiça... e continua a perder.

Negou três vezes Portugal a Cristo e a si próprio como de forma sobre-excelente nos descreve o nosso prezado Joaquim Maria Cymbron no seu texto "As Três Negações de Portugal". Como São Pedro renegou o Redentor, tremendo perante os esbirros. Arrependeu-se o apóstolo maior. E por vontade de Nosso Senhor ascendeu aos Céus como Primeira Pedra Viva da Igreja de Cristo.

Arrependamo-nos os portugueses também...

Rainha de Portugal e dos Algarves, para todo o sempre. Deve o povo aos seus monarcas fidelidade e vassalagem. Há já muito tempo que não as presta a Nossa Senhora da Imaculada Conceição e tem essa eterna obrigação. Deve Portugal a si próprioa dignidade de nação de palavra e devoção, que cumpre as suas promessas e a certeza constante da direcção a tomar, porque a indicou Nosso Senhor Jesus Cristo quando quis que Portugal se fizesse. In hoc signo vinces!

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